sábado, 3 de dezembro de 2022

História da Embalagem

 Fonte:Brasil Postos

Antigamente nos primórdios da humanidade, o homem não sentia necessidade de proteger seus pertences e mantimentos, pois os consumia no próprio local de origem.

Porém quando aumentou a complexidade da vida, os locais de trabalho e de moradia ficaram mais distantes das fontes dos alimentos, com isso houve a necessidade do armazenamento deles por mais tempo.  Ao decorrer dos anos quando as profissões dos homens diversificavam-se, eram caçadores, pescadores, pastores, plantadores de sementes, guerreiros etc., foram surgindo as primeiras embalagens, como cestos, cabaças e bolsas de pele.
Há registros arqueológicos das primeiras embalagens em 2200 a. c., essas eram compostas de materiais naturais disponíveis na época, como couro, entranhas de animais, frutos, folhas e outras fibras vegetais. O que possibilitou aos caçadores prolongar a vida útil dos alimentos durante as caçadas sem ficarem famintos e sedentos.

O desenvolvimento das primeiras civilizações originou-se principalmente com o surgimento do mercantilismo, pois os homens buscavam em suas viagens as especiarias mais diversas, e acabaram descobrindo novas rotas, a Rota do Cabo para as Índias, as Américas e o Brasil. No Brasil alguns esboços para desenvolvimento de novas embalagens foram feitos em 1637 quando quatro artesãos vidreiros chegaram à Pernambuco acompanhando o Príncipe Maurício de Nassau, e montaram ali uma oficina para a produção de vidros planos para janelas e de frascos para embalagens. No entanto as Embalagens só começaram mesmo à alcançar pleno desenvolvimento no país à partir de 1808, com a abertura dos portos e a vinda da família real e da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro. Duas decisões econômicas e políticas tomadas por Dom João VI trouxeram importantes consequências ao mercado industrial brasileiro; A abertura dos portos às nações amigas, que impulsionou a importação e a exportação; e a permissão para o funcionamento de fábricas e manufaturas no Brasil. Até este momento não era permitido que o Brasil praticasse qualquer atividade produtiva que concorresse com Portugal.

Apesar da abertura para o desenvolvimento, as opções ainda eram limitadas, só haviam quatro tipos de Embalagens: saco de Estopa ou papel (café torrado ou moído, açúcar refinado ou algodão), potes ou garrafas de vidro (extrato de tomate, sardinha, embutidos, doces, vinagre e bebidas), latas (manteiga e óleo) e barris de madeira.

Na Revolução Industrial a Produção das Embalagens ainda era artesanal, já no Séc. XVIII surgiu um novo comportamento mercadológico, a produção em série, com isso houve o aumento da oferta de produtos. Foi com a invenção da Máquina a Vapor que a embalagem adquiriu maior complexidade, sua evolução está diretamente relacionada ao desenvolvimento tecnológico, pois com o descobrimento de novos mercados e produtos aumentou também a necessidade da diversificação dos tipos e materiais de Embalagens.

Até o início do séc 20 as cores e a arte das Embalagens estavam completamente ligadas a movimentos artísticos que remetiam à Art Noveau e à Art Déco, algumas vezes não tinha nem o nome do produto na Embalagem, isso ocorria pois as Indústrias ainda não haviam descoberto o conceito de Marca como valor agregado ao produto. Mas com o surgimento dos autos serviços como supermercados, os produtos necessitavam autopersuadir os consumidores sem ajuda de vendedores, sendo assim as Embalagens passam a ter outras funções, tais quais, informar, identificar e promover serviços e marcas. No Brasil este setor de auto serviço, o qual foi o maior responsável pelo desenvolvimento gráfico da Embalagem, surgiu em 24 de agosto de 1953. Hoje há mais de 73,7 mil lojas no país. Cada uma com mais de 10.000 itens de produtos.

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