Heresias
No primeiro capítulo da terceira parte, Hoffman desenvolve uma teoria clássica da propaganda, assim como da vida: a das probabilidades, que explica que nesta atividade não há certezas, nem questões do tipo sim/não, falso/verdadeiro, mas apenas probabilidades de uma mensagem funcionar ou não, funcionar mais, ou funcionar menos.
Nos últimos tempos, observou, gasta-se muitos recursos e tempo com a precisão de estratégias, discutindo minúcias dos adjetivos do briefing e a tipologia de websites, mas parece que está sendo esquecida a principal razão pela qual uma marca tem mais chances de dar certo: seu grau de fama. Pois as mais famosas têm uma imensa vantagem de negócios.
E qual é a melhor ferramenta para se obter fama, ele se pergunta e já responde: "propaganda, a mais cara e a mais confiável. Para muitas marcas, é o único caminho que você pode comprar".
Continuando, lembra que os dois principais instrumentos que as marcas têm para obter um lugar no spot da fama são o dinheiro, a verba, e a criatividade, a ideia. "Mas raramente o dinheiro é suficiente", destaca, "o que evidentemente valoriza a criatividade".
Na sequência, ele destaca que existem duas formas de publicidade: a pública, nas mídias de massa; e a privada, pessoal, através do marketing direto e do digital. O que leva os executivos de marketing que desejam ver suas marcas crescerem ao dilema de fazer propaganda pública, e desperdiçar recursos, ou ser invisível para a maioria das pessoas.
"Dessa forma, Hoffman enfatiza em um dos capítulos desta parte, é preciso avaliar com ceticismo a afirmação de que a publicidade personalizada e dirigida um-a-um é superior à publicidade em geral".
No capítulo seguinte ele analisa as teorias de Byron Sharp e Mark Ritson, sendo que o primeiro defende uma postura mais dirigida à mídia de massa e o segundo tem uma perspectiva de segmentação e targeting. Para o autor, a verdade está no meio e é preciso balancear o intenso uso das mídias de massa com as mais dirigidas. |
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